Temo que a humanidade ande sem rumo, como um barco à deriva.

Temo também que as coisas mais simples da vida, como o simples acto de sorrir, que nos fazem tão bem, estão a ficar cada vez mais difíceis.

O corre-corre quotidiano não nos permite sequer parar um pouco para observar a vida, que é totalmente dependente da nossa disponibilidade.

Sinto o soprar do vento, o desabrochar das flores e a água a jorrar das fontes, o que me leva a pensar e dizer que a natureza está perfeita e com o equilíbrio de sempre, isto é, o mundo é o mesmo desde a sua criação, nós é que mudámos.

As dificuldades pelas quais passamos, deixam os nossos corações mais fortes e, para quem sabe e respeita um pouco as coisas lá do alto, de certeza que este tempo é passageiro, que um dia não haverá mais desânimo nem tristeza, mas apenas alegria.

Sorrir para quem passa, estender a mão a quem nos espera, lembrar dos esquecidos, ajudar os necessitados e sonhar com um futuro melhor para todos, são alguns dos motivos que nos poderão ajudar a ser um pouco mais felizes neste Natal.

Que o próximo ano nos dê mais confiança, mais esperança e, que nos faça mais solidários junto daqueles que nos pedem ajuda. Infelizmente, todos os dias vemos pessoas a viver na rua, das esmolas dos outros. Será que nesta época nos lembramos deste drama?

No entanto, se não estragarmos nada, e se contribuirmos com pouco que seja para uma ou outra causa justa, certamente começaremos melhor o ano que se avizinha.

Um santo e feliz Natal, um novo ano com muita alegria, paz, prosperidade e amor.


Joaquim Antunes