sábado, 23 de maio de 2009

Santa Marta ferida.

Como Santamartense, nascido e criado nesta terra junto à beira lima conhecida pelo folclore, e gastronomia, terra acolhedora, não tivesse o nome da padroeira, que também foi acolhedora em Betánia. De vez em quando, ouço notícias que nem a mim, nem certamente a ninguém agradam.
Sejamos optimistas, e peçamos que as gerações vindouras sejam mais puras, que saibam respeitar o direito à vida, o respeito pelos outros e pelos nossos, que não se alheiem de responsabilidades, enquanto vizinhos ou mesmo responsáveis por algum cargo político de freguesia.
Não nos esqueçamos que más notícias, há infelizmente muitas pelo país e mundo fora. Não queiramos ser co-responsáveis por situações que levem a nossa terra ao conhecimento do país, depois de sabermos que existem casos menos agradáveis.
As próximas gerações também têm que aprender a respeitar a natureza, porque é das coisas que mais gosto. Sem o devido respeito pela natureza, as gerações futuras estão em risco.
Um dia destes passei no lugar da barrosa e entrei numa rua que não tem saída, deparando-me com uma tábua ao alto, com as palavras um pouco gastas do tempo, que tinha escrito mais ou menos a seguinte frase, “Cuidado com o buraco”. Aproximei-me do buraco e realmente é um perigo estar junto dele. Deparei, ao mesmo tempo que a ponte corre perigo, mas em contra partida fiquei contente porque os habitantes daquela zona limparam uma grande área das margens do rio, estando o restante completamente abandonado e negligenciado, com as margens totalmente obstruídas com silvas e ervas daninhas, com prejuízo para o percurso das águas. Em conversa com algumas pessoas que habitam perto daquele local, foi-me dito que o rio (ribeiro) tem ainda alguma importância, uma vez que são muitos os pescadores que para ali se deslocam a fim de pescar algum do peixe que, por sinal, abunda no mesmo, lamentando que o restante percurso do ribeiro se encontra obstruído.
Há pouco tempo atrás, escrevi num outro jornal a respeito deste mesmo ribeiro junto á ponte de Santa Martinha, continuando agora na mesma situação degradante em que se encontrava àquela data. Referi ainda que, estando a aproximar-se a data das eleições para a escolha dos nossos representantes nas autarquias, e à semelhança do passado, vão aparecer os milhões para que se executem as obras e limpezas que deveriam ter sido feitas ao longo de todo o mandato.
Tenho visto grandes “matagais” em diversos quintais, alguns junto a habitações, havendo bastante perigo para todos. Eu sei que com isto se perde votos, a lei existe bastando faze-la cumprir, haja coragem.
Joaquim Parente Antunes

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